Mais uma vez muito obrigado pela sua participação neste debate.
No fundamental, concordamos com as observações que tece acerca do papel que à CGD deveria caber.
A CGD, enquanto banco público, ainda por cima com a enorme expressão que tem no sistema financeiro português, deverá ser posta ao serviço do desenvolvimento harmonioso do país, constituir a base de uma política de acumulação pública de capital, absolutamente necessária ao desnvolvimento soberano do país, preferenciando o desenvolvimento da produção, na agricultura, nas pescas e nas indústrias transformadora e extractiva, particularmente no quadro dos apoios às micro, pequenas e médias empresas. Noutro plano, apoio à construção e desenvolvimento das grandes infra-estruturas de que o país carece.
As famílias também deverão merecer o seu apoio, mas não para o agravamento da situação de brutal endividamento em que se encontram.
A CGD, no actual quadro societário do sistema financeiro, com dominância das instituições privadas, muitas das vezes com elevadas participações de capital estrangeiro, deverá assumir políticas justas e adequadas, que gerem efeitos de exemplo e demonstração face às restantes instituições financeiras. Neste domínio, são diversas as propostas legislativas do PCP.
Sabemos porém, que não tem sido exactamente esta a linha de actuação da CGD, dependente do quadro de referência neoliberal dos sucessivos governos.
Porém, a orientação fundamental, a que o recente agudizar da crise veio dar mais enfâse, é clara e inequivocamente a nacionalização definitiva de todo o sistema financeiro-banca e seguros-colocando assim tão importante alavanca económica ao serviço do desenvolvimento do país, e não das escuras negociatas do grande capital financeiro.
Remete-mo-lo, a este propósito, para a declaração do PCP sobre a nacionalização definitiva da banca:
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www.pcp.pt]
Saudações