Caro Bruno,

antes de mais, queria agradecer-lhe por ter assumido estes dois temas (patentes e open-source) como prioritários e por ter tomada consciencia da sua relevancia.

Tomei a liberdade (por sugestão da ANSOL.org) de contactar por e-mail alguns deputados (principalmente do distrito de setúbal ao qual pertenço) a tentar sensibilizá-los para a importância destas questões aqui debatidas.

A minha dúvida, provavelmente pelo descrédito que a classe política em geral me merece, é...
Algum deputado liga alguma coisa ao que possamos ter dito?
A resolução apresentada não está condenada à partida por falta de apoio parlamentar?
Mesmo que algum dos deputados do PSD ou PP se sinta sensibilizado, terá argumentos para mudar o voto da sua bancada?

Bem sei que a resposta terá de ser política e que poderá ser complicado colocá-la aqui... mas receio que todo o esforço tenha sido em vão por causa dos poderes instalados.

Obrigado

Caro "neonex",

Antes de mais, quanto ao seu "desabafo" final, há uma ideia que não pode ser esquecida: quando se luta nem sempre se ganha - quando não se luta, perde-se sempre.
Vale sempre a pena lutar. E a acção do PCP, neste caso a nossa intervenção na Assembleia da República, é uma forma de dar voz a esta luta. Não só denunciando a atitude do Governo PSD/CDS-PP e da Comissão Europeia, como apresentando propostas concretas.
A experiência demonstra que quando nos organizamos, quando há mobilização, quando salta à vista a força e a justeza do protesto e das reivindicações, é possível conseguir resultados.
Foi o que aliás aconteceu recentemente, quando as colectividades e o movimento associativo se dirigiram ao Parlamento com petições, pedidos de audiência, etc, reivindicando um Estatuto que consagrasse os seus direitos.
O resultado foi claramente positivo: foi aprovado o projecto-lei do PCP que propunha esse mesmo estatuto!

Pode acontecer novamente... Faço-me entender?
Importante mesmo é não desistir de tomar a iniciativa.